segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mentiras

Nunca acreditei cem por cento no que as pessoas costumam me falar. Não sei se é porque já coloquei uma imagem na cabeça em relação aos seres humanos de que eles não falam sempre a verdade, ou se porque meus ouvidos me traem certas vezes e distorce as palavras que ele ouve para as palavras que eu gostaria de ouvi-las por medo de que elas me abalem e/ou me façam sofrer.

Logo após essa frase mencionada, fico me perguntando se as pessoas mentem para fazer o bem, ou se fazem o bem para não mentir. Lembro-me das vezes que fui obrigada a mentir para não estragar a felicidade de algumas pessoas e em seguida fui cruelmente punida pelas mesmas por não entenderem minha intenção e ficaram imaginando que eu queria o mal delas.

Pobres mortais...

Falam tanto em defender a tese de que não mentem em hipótese alguma e acabam esquecendo de colocar em prática. Uma só mentira é capaz de acabar com várias memórias de alegria e carinho. Memórias... Mesmo que sejam lindas memórias, são capazes de nos fazer mal se lembrarmos e de cairmos em prantos ao ouvir uma música, uma palavra, sentir um cheiro... Mentiras são capazes de nos fazer perder em segundos a confiança em uma pessoa que levou meses ou até anos para construí-la. Confiança que uma vez quebrada é como cristal, não cola jamais.

É possível perdoar o erro, mas reconquistar a confiança após uma mentira é muito difícil. Quase impossível. Mas ainda ah suas excessões. E são essas excessões que eu não vejo mais. Talvez porque sabem se esconder ou talvez porque eu mesma esteja com preguiça de procurá-las. E enquanto eu não encontrá-las eu vou acreditar somente no brilho dos olhos de alguém e na palavra de Deus. Porque essas duas coisas sim, são verdadeiras.

Tatiane Castro

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